A jornada do líder herói: entenda por que não é bom para o trabalho em equipe

Imagem com fundo vermelho e um alto-falante branco no canto direito.

No mundo corporativo moderno, a figura do líder tem passado por uma evolução significativa.

Uma das figuras mais debatidas é a do "líder herói", um conceito que, embora possa parecer benéfico à primeira vista, carrega consigo uma série de desvantagens para o ambiente de trabalho, especialmente no que diz respeito ao trabalho em equipe.

O que é um líder herói?

O líder herói é aquele que assume a responsabilidade de resolver todos os problemas, tomar todas as decisões importantes e, em muitos casos, levar o peso da equipe ou da organização em seus ombros.

Assim, esse tipo de líder é frequentemente visto como a única pessoa capaz de guiar a equipe ao sucesso, uma figura quase mítica que está sempre pronta para "salvar o dia".

Então, por que um líder herói não é bom para a equipe?

Um líder herói não é bom para a equipe, nem para ele mesmo. E aqui estão os motivos:

  • Sobrecarga e esgotamento: um dos principais problemas do líder herói é a tendência à sobrecarga e ao esgotamento. Ao tentar fazer tudo sozinho, esse líder acaba não delegando tarefas e responsabilidades, o que não só o leva a uma eventual exaustão, mas também impede que a equipe desenvolva suas próprias habilidades e confiança;
  • Dependência insalubre: a presença de um líder herói cria uma dependência insalubre na equipe. Os membros da equipe podem se sentir menos capacitados para tomar decisões ou resolver problemas por conta própria, esperando que o líder intervenha e ofereça soluções;
  • Inibição da criatividade e da inovação: quando um líder herói domina o processo de tomada de decisões, há pouco espaço para a criatividade e a inovação dos membros da equipe. Então, há uma cultura de trabalho aonde novas ideias são suprimidas, e o potencial inovador da equipe não é totalmente explorado;
  • Falta de desenvolvimento de liderança: em ambientes aonde prevalece a figura do líder herói, oportunidades para o desenvolvimento de novos líderes são limitadas. Assim, pode haver a falta de diversidade na liderança e dificuldades na sucessão de liderança a longo prazo.

Exemplo real do líder herói

Na indústria automotiva, conheça a história da Andressa, uma líder heroína que microgerenciava a sua equipe. Leia aqui.

Como sair do papel de líder herói?

Não é fácil deixar o papel de lado. Principalmente numa estrutura que até há pouco tempo presava pelo controle excessivo, perfeição e centralização.

Por outro lado, é fundamental que se trabalhe isso para que a equipe e a organização cresçam. E para, claro, que a sobrecarga não impacte a saúde do líder.

Portanto, promover uma liderança humanizada, que admite e acessa suas próprias vulnerabilidades, inclusiva e efetiva é o caminho para o sucesso de todos.

E uma liderança assim para por alguns pontos, como:

  • Delegação é encorajada: líderes devem delegar tarefas e responsabilidades, permitindo que os membros da equipe cresçam e desenvolvam suas habilidades;
  • Colaboração é priorizada: fomentar um ambiente onde a colaboração e o trabalho em equipe são valorizados acima da heroísmo individual;
  • Desenvolvimento de liderança é focado: Investir no desenvolvimento de lideranças emergentes dentro da equipe para garantir uma diversidade de perspectivas e habilidades de liderança.

Concordo que não é nada simples tirar a capa do herói. Nós nascemos focando na possibilidade de um dia vesti-la. Entretanto, há meios de tirá-la sem que haja tanto sofrimento e frustração.

Ao afastarmo-nos do mito do líder herói, podemos criar ambientes de trabalho mais saudáveis, produtivos e inovadores.

Um dos caminhos é se desenvolvendo nos 5 comportamentos de uma equipe coesa e de uma liderança humanizada. Leia mais sobre isso:

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