8 de março, o Dia Internacional das Mulheres, é um dia histórico de luta, reflexão e comemoração. Conquistamos muito, mas ainda temos chão pela frente.
O dia 8 de março é oficialmente o Dia Internacional das Mulheres, proclamado pela ONU. A data é comemorada em centenas de países.
Para resumir a história, tudo teve início em 1909, em Nova York, com manifestações pelo voto feminino e igualdade de direitos civis. Em 1917, no dia 8 de março, na Rússia, uma grande passeata tomou conta das ruas, com mulheres e operários que se juntaram depois.
Dentre as pautas para o protesto, estavam as condições de vida, o desemprego e a carestia. Essa grande manifestação precipitou a Revolução de 1917. A partir daí, a data foi definida pelos países do bloco soviético como o Dia das Mulheres.
Finalmente, em 1975, o dia 8 de março foi instituído internacionalmente, pelas Nações Unidas.
Ainda que tenhamos chão pela frente, vários direitos, como o voto, foram conseguidos por aquelas que vieram antes de nós.
Então, é sim um dia a ser comemorado, apesar de algumas controvérsias sobre as comemorações.
No entanto, antes de comemorar, vale a pena fazer a reflexão do que ainda falta para que se tenha equidade em uma estrutura que ainda prioriza a figura masculina no topo.
Por exemplo, quando pensamos em liderança, o que vem à cabeça? Raramente viria uma mulher. E quando pensamos em uma mulher preta?
Ou seja, precisamos, além de tudo, fazer os recortes para que o debate evolua.
Agora, vamos além. Vamos falar de liberdade.
Muitos países nem comemoram esse dia, porque a estrutura patriarcal é tão forte e violenta que as mulheres são consideradas inferiores e subservientes.
Mas não precisamos ir para longe da nossa casa para pensar em estruturas assim.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, em média, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas.
Além disso, segundo relatórios da ONU, mais de 81 mil mulheres foram mortas pelo simples fato de serem mulheres. Desse número, 56% - mais da metade - foi morta pelo marido, companheiro ou algum membro da família.
Impactante, não é mesmo?!
Agora, quantas mais sofrem outros tipos de violência diariamente, que nem viram estatística?
Tudo! Além de ser uma empresa que trabalha em busca da equidade, somos apoiadores oficiais do projeto Beleza Escondida, uma Organização Social Brasileira sem fins lucrativos que atua na redução da violência contra a mulher.
Inclusive, nossa fundadora, Penelope White, é conselheira do projeto. É, também, co-autora do livro Rosas e Espinhos, onde 5 mulheres contam suas histórias com a coragem de olhar o sofrimento e redescobrir o amor próprio.
Tanto o projeto quanto o livro têm como objetivo mostrar que todas merecem um recomeço.
Nesse Dia das Mulheres, as pessoas costumam perguntar o que fazer, já que está cada dia mais difícil falar desses dias. Não tenho todas as respostas. Mas um bom começo seria todos nós nos comprometermos a ser parte da solução.
Eduque-se, dialogue, apoie.
Podemos, sim mudar realidades. Mas não é uma luta individual. A nossa luta é nossa, é de todos nós. É do mundo inteiro.
Vamos juntos?