A síndrome do burnout é um distúrbio psíquico provocado especificamente por condições de trabalho. Atualmente, classifica-se como um transtorno, estando presente no novo CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde).
Além disso, pode estar relacionado a um emprego ou até mesmo à falta dele.
O burnout corresponde ao esgotamento e estado de tensão extrema emocional e estresse crônico. Em linhas gerais, é provocado por condições de trabalho que exigem um intenso envolvimento da pessoa, fisicamente, emocionalmente e psicologicamente.
Dentre os principais sintomas, estão:
Claro, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e de nível de intensidade.
Contudo, é importante sempre procurar ajuda médica especializada para auxílio e diagnóstico.
Além do mais, o processo investigativo e de diagnóstico é basicamente clínico, com respostas a questionário psicométrico e levantamento do histórico do paciente.
Atualmente, já se fala em epidemia de burnout no país. Porém, precisamos avaliar os números e casos com cautela, e entender que a desigualdade de condições sociais também é um gatilho para a síndrome ocupacional.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério da Previdência Social, em 2023, 421 pessoas receberam afastamento do trabalho por burnout. Aliás, esse é o maior número registrado nos últimos 10 anos.
Foi um aumento de aproximadamente 130% - se comparado a 2019 -, ocorrido, principalmente, durante e após a pandemia do coronavírus ou COVID-19.
Se compararmos à última década, o aumento alcançou impressionantes 1000%.
Segundo especialistas, o aumento é decorrente de dois principais fatores, conforme abaixo:
Vale mencionar, também, que ainda há certa confusão por parte dos especialistas da área em realizar o diagnóstico corretamente, já que os sintomas podem ser confundidos com outras síndromes, doenças e transtornos mentais.
Todavia, de acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), cerca de 40% das pessoas economicamente ativas sofrem de burnout, ainda que nem todos os casos sejam identificados.
Uma das principais questões pesquisadas pelas pessoas com relação ao burnout é o tratamento.
Num geral, o apoio é feito por meio de medicamentos e terapias. Mas, de novo, cada pessoa é uma pessoa, sendo imprescindível contatar médicos especialistas e psicólogos para a abordagem correta.
É essencial que as pessoas saibam sobre a síndrome, sintomas e como procurar ajuda. Individualmente, a informação é importante para reduzir os impactos do burnout.
No entanto, enquanto sociedade, é fundamental que pensemos coletivamente. E é aqui que entra um passo importante no tratamento e na redução dos números de afastamentos, assim como na diminuição de quiet quitting e great resignation.
Tratar primeiramente do ambiente de trabalho, para que não seja tóxico ou que demande demasiada força de trabalho dos colaboradores, é uma das, senão a maior, contribuição para isso.
E quando falamos em tratar do ambiente de trabalho, estamos falando das pessoas, que são quem fazem o ambiente ser como ele é.
Ou seja, numa estrutura em que a hierarquia ainda é majoritariamente verticalizada, cuidar de como a liderança aborda o trabalho e as equipes é indispensável.
Olhar cuidadosamente para os times, e para as relações que acontecem no dia a dia, é o que vai fazer a diferença entre um ambiente saudável e feliz e um ambiente tóxico e estressante, começando pelo topo, que é, de fato, o exemplo para toda a estrutura.
E como fazer isso? Existem metodologias e treinamentos comprovados que contribuem para a saúde organizacional, o trabalho saudável entre as equipes e a transformação da liderança focada em comando e controle em uma liderança humanizada.
Veja abaixo os mais bem avaliados e aplicados em centenas de empresas mundialmente. Inclusive, no Brasil, a maioria delas possui o selo Great Place to Work (GPTW):