A empatia é uma poderosa ferramenta de conexão para os relacionamentos interpessoais. Então, nada mais justo que ela ser uma habilidade fundamental a ser desenvolvida no ambiente de trabalho.
Fala-se muito da importância das relações interpessoais no trabalho. Contudo, são poucos que atribuem a construção dessas relações a um ato extremamente humano - mas pouco usado no âmbito profissional: a empatia ou o ser empático.
Além disso, alguns poucos que abordam ou pensam em empatia acabam levando a ação para um outro lado: o "abraçar árvores".
A verdade é que a empatia não tem nada a ver com "abraçar árvores" ou muito menos com deixar você de lado para olhar para o outro.
Outra verdade é que pouquíssimos, também, entendem do que se trata a empatia. Realmente, ao longo dos anos, o significado foi evoluindo, principalmente conforme os próprios estudos e análises psicossociais evoluem.
No entanto, atualmente, já temos dados e base suficientes para desenvolvermos a empatia de maneira mais concreta e embasada.
Vale, inclusive, lembrar que, mesmo sendo algo inerente à maioria dos seres humanos, a empatia precisa ser construída e aplicada rotineiramente para que naturalize-se ao longo do tempo.
Empatia é a habilidade de reconhecer os sentimentos de outra pessoa. Não sentir o que o outro sente. Reconhecer! No ambiente de trabalho, isso significa ouvir ativamente, entender o ponto de vista de colegas e agir de forma a melhorar o bem-estar coletivo.
Em outras palavras, seja no ambiente profissional ou não, a empatia é a capacidade de estarmos presentes para outras pessoas.
Portanto, a empatia é, verdadeiramente, uma ferramenta eficaz para fortalecer o engajamento dos colaboradores e criar um ambiente de respeito mútuo.
Por isso que empatia caminha junto de resultados, no fim das contas.
Não há como exercer a empatia com terceiros se não somos empáticos conosco mesmos. Afinal, como ser empático com o outro se estamos ultrapassando nossos próprios limites? A verdade é que, nessas situações, não há espaço para a escuta ativa.
Ademais, diferentemente da simpatia, na empatia focamos no outro. Assim, só podemos fazer isso se o nosso próprio copo não está transbordando.
Como já mencionado, a empatia é a habilidade de reconhecer e estar presente para o colega. Isto é, não tem a ver com se colocar no lugar do outro, aconselhar, simpatizar ou investigar.
Tem a ver com curiosidade genuína, interesse altruísta e escuta ativa.
Por exemplo, vamos supor que alguém venha desabafar sobre alguma questão que está ocorrendo com ela no trabalho. Você, por sua vez, não irá diagnosticar ou intervir.
Muito pelo contrário, irá ouvir atentamente. Pode perguntar se há algo que a pessoa queira de você ou se ela gostaria de compartilhar mais alguma coisa.
É dessa forma, também, que fofocas são barradas no ambiente de trabalho.
Escutar a si mesmo e ao outro é um gesto de cuidado e a base para o fortalecimento das relações pessoais e profissionais.
Equipes que trabalham com esse cuidado têm muito mais espaço para a troca, para lidar com adversidades e para resolver problemas.
Inclusive, equipes que trabalham diariamente a empatia possuem um alto nível de engajamento, já que a comunicação é mais aberta, consciente e saudável.
Tudo isso permite que conflitos sejam produtivos, sempre em busca das melhores soluções e resoluções.
Pratique a Escuta Ativa: A escuta ativa é a base da empatia. Isso significa prestar atenção genuína quando outra pessoa está falando, sem interromper ou formular uma resposta antes do tempo. Mostre que você está engajado por meio de gestos e expressões faciais que indicam interesse.
Faça Perguntas Abertas: Incentive seus colegas a compartilhar suas perspectivas. Fazer perguntas abertas, como “Como você se sentiu em relação a isso?” ou “O que você acha que poderíamos fazer diferente?”, cria oportunidades para um diálogo mais profundo e empático.
Evite Julgamentos Precipitados: Ao ouvir uma opinião ou feedback, evite tirar conclusões imediatas ou fazer suposições. Tente enxergar a situação do ponto de vista da outra pessoa, entendendo o contexto antes de formar uma opinião.
Demonstre Compreensão: Expressar empatia verbalmente também é importante. Frases como “Eu entendo o que você está dizendo” ou “Deve ter sido uma situação difícil para você” mostram que você valoriza os sentimentos e as experiências dos outros.
Ofereça Apoio: A melhor maneira de mostrar empatia é simplesmente estar presente. Demonstre que você está disponível para ajudar e apoiar seus colegas, mesmo que seja apenas ouvindo suas preocupações.
Seja Consistente: A empatia não deve ser uma prática isolada. Para realmente melhorar as conexões no ambiente de trabalho, é necessário exercitar essa habilidade de forma constante, em cada interação com seus colegas.
A aplicação de empatia no ambiente de trabalho traz benefícios significativos que se refletem diretamente nos resultados da empresa. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a empatia contribui para um desempenho mais eficaz:
Redução de Conflitos Improdutivos: Equipes que praticam empatia enfrentam menos conflitos interpessoais improdutivos, o que leva a um ambiente mais produtivo.
Maior Retenção de Talentos: Colaboradores que se sentem valorizados e compreendidos tendem a permanecer na empresa por mais tempo, reduzindo o turnover e os custos associados.
Aumento da Produtividade: Ambientes empáticos promovem a confiança entre os membros da equipe, facilitando a colaboração e, consequentemente, melhorando a eficiência operacional.
Melhoria da Saúde Mental: A empatia ajuda a criar um espaço de trabalho que prioriza o bem-estar emocional, diminuindo o estresse e prevenindo o esgotamento profissional.
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