Liderança humanizada: menos controle e comando, mais gentileza e confiança. Novos indicadores de performance serão pautados em felicidade e bem-estar no ambiente de trabalho.
Por muito tempo, nossas organizações foram regidas por hierarquias muito bem definidas, através de controle e comandos. Existia uma linha tênue entre a firmeza e a opressão.
Não existia confiança, muito menos empatia ou gentileza. Na verdade, o que importava era dominar a parte técnica de um trabalho e obedecer as regras dos superiores.
Chamávamos de respeito. Mas será que havia, de fato, respeito?
Conforme fomos evoluindo, naturalmente começamos a questionar as estruturas. E isso é ótimo! Faz parte. É assim que devemos caminhar, se quisermos ir mais longe.
Nesse meio tempo, começamos a notar um movimento forte de busca pela qualidade de vida. O trabalho, que antes era completamente separado da vida pessoal, passou a ser parte dela.
Ou seja, entendemos que, conforme os anos foram passando, ficou cada vez mais difícil separar completamente as coisas.
Enquanto buscamos o equilíbrio da vida profissional com a pessoal, entendemos que grande parte do nosso tempo ainda está disponibilizado para o trabalho.
Então, por que não buscar por qualidade de vida nas empresas? Por que não nutrir esforços para reduzir o estresse e aumentar a felicidade nesses ambientes, já que o nosso tempo é precioso e a maior parte dele está destinado às organizações?
Bom, a ciência ainda não comprova, com dados específicos, que o futuro está na humanização da liderança.
Por outro lado, indicadores sociais, culturais e econômicos provam que as pessoas tendem a continuar em empresas cujos líderes conseguem bons relacionamentos entre pares e liderados.
Isto é, ambientes em que se constrói a confiança são exatamente aqueles nos quais colaboradores tendem a permanecer. Diferentemente de empresas aonde líderes ainda possuem posturas menos empáticas e mais autoritárias.
Inclusive, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que mais da metade dos funcionários que saíam das empresas justificavam a movimentação por desagrado com seus líderes.
Líderes ou chefes? Vamos usar a terminologia correta: chefes!
A chefia sempre teve muito a ver com a hierarquia das estruturas, com esse método de comando e obediência.
A liderança, por sua vez, é a escolha de fazer diferente. De transformar a si e aos outros. De buscar melhores caminhos para os processos, em busca dos mais altos resultados coletivos.
Liderança tem tudo a ver com colaboração. E só precisamos resgatar isso. Mas vamos voltar um pouco na história para entender o por quê de tal resgate.
Há muitos e muitos anos, o homem tornou-se a espécie de maior sucesso na Terra. Dentre os motivos, incluindo o desenvolvimento de ferramentas, um chama a atenção: a coesão.
O ser humano é sociável por natureza. E a formação de grupos que colaboravam entre si permitiu que chegássemos aonde nenhum outro animal chegou.
E aqui estamos!
Basicamente, a colaboração e a coesão sempre estiveram conosco. E se há colaboração, há confiança. Porém, conforme fomos caminhando mais rapidamente, elas foram se perdendo pelo caminho.
Assim, só precisamos resgatá-las do ponto em que as deixamos escapar. Simples, não é?! Não! Mas, felizmente, existem métodos que deixam o caminho mais claro para esse resgate.
De acordo com Patrick Lencioni, autor do best-seller Os 5 Desafios das Equipes: Uma História sobre Liderança, existem cinco tendências que prejudicam o trabalho em equipe e que devem estar na mira dos líderes:
Acredito que qualquer líder ou liderado consiga se familiarizar com tal lista.
A verdade é que partimos de lideranças que não conseguem ser vulneráveis, fazendo com que o ambiente tenha uma harmonia artificial, com ambiguidades, baixos padrões e cercado de status e ego.
Ao invés de colaboração, temos competição.
E ao invés de líderes, temos chefes.
A resposta está em entender a pirâmide de Patrick Lencioni e os Five Behaviors - ou os cinco comportamentos das equipes coesas.
Note que a base da pirâmide é a primeira etapa a se trabalhar: a confiança. Só existe colaboração se houver confiança.
E a confiança só é construída a partir de líderes que conseguem entender, acessar e mostrar as suas vulnerabilidades.
A partir daí, todos estarão abertos a discussões e conflitos de forma transparente. Se existe a confiança, não há porque temer um conflito.
Os conflitos passam a ser produtivos, e é através deles que se chega às melhores soluções.
Com isso, todos se comprometem com o processo, sendo donos daquilo, para, enfim, atingirem os melhores resultados, que acaba sendo a consequência e o topo da pirâmide.
Veja que tudo teve início em um líder humanizado. Uma liderança que é humana, vulnerável, que escuta, faz-se empática e trabalha seus comportamentos para além da técnica.
A equipe vai seguir o caminho, naturalmente. E chegará no que nos trouxe até aqui: a coesão.
O futuro da liderança está na humanidade. Para isso, precisamos entender profundamente os cinco comportamentos que sustentam a coesão nas equipes.
Acesse agora as nossas soluções, somos líderes em treinamentos de Five Behaviors, Liderança e Comunicação:
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